Por que a cibersegurança é a grande batalha corporativa do século?

Em 2025, a cibersegurança deixou de ser apenas tecnologia: Tornou-se um fator de sobrevivência empresarial diante de ataques cada vez mais inteligentes e impulsionados por IA.

Compliance
7 minutos
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Abaccus
15.02.2025

A cada segundo, milhares de tentativas de ataques digitais acontecem no mundo. Segundo a IDC, o investimento global em cibersegurança deve chegar a 377 bilhões de dólares até 2028. Esse número impressiona ainda mais quando lembramos que a mesma consultoria prevê, em outra frente, que o mercado de edge computing atingirá quase 380 bilhões de dólares no mesmo período. Dois setores diferentes, mas que revelam a mesma verdade: a transformação digital não é apenas inovação, é também risco ampliado.

Ao mesmo tempo, a previsão é de que o cibercrime custe à economia mundial 10,5 trilhões de dólares por ano já em 2025. O paradoxo é claro: Quanto mais avançamos tecnologicamente, mais criamos brechas para criminosos explorarem.

A pergunta central não é apenas “o que é cibersegurança?”, mas sim “por que a cibersegurança se tornou uma das maiores batalhas corporativas deste século?”.

O que é cibersegurança?

Cibersegurança é o conjunto de práticas, políticas e tecnologias para proteger sistemas, dados e pessoas contra ataques digitais. No nível corporativo, ela é inseparável da gestão de riscos. O problema é que o inimigo mudou de forma: Antes eram vírus e hackers amadores, hoje são grupos coordenados, muitas vezes patrocinados por Estados, usando inteligência artificial para atacar em escala.

Por que a cibersegurança é crucial em 2025?

Os ataques digitais não são apenas invasões virtuais: Eles impactam diretamente a economia, a política e a vida das pessoas. Uma falha pode significar:

  • Identidade roubada: Golpes de extorsão e fraudes financeiras.
  • Perdas financeiras: O custo médio de uma violação subiu para 4,88 milhões de dólares em 2025, segundo a IBM.
  • Multas regulatórias: Aumentaram quase 23% em relação ao ano anterior.
  • Paralisação de serviços essenciais: De hospitais a cadeias de suprimento globais.

Essa é a era em que a inovação tecnológica anda lado a lado com a inovação criminosa.

As grandes tendências que moldam o cenário atual

A superfície de ataque digital está se expandindo rapidamente porque a sociedade se digitalizou em múltiplas frentes.

  • Computação em nuvem: Cada novo serviço é também uma nova vulnerabilidade.
  • Ambientes multicloud: Ampliam a complexidade e aumentam o risco de erros humanos.
  • Trabalho distribuído: Dispositivos pessoais e redes domésticas viraram alvo.
  • Internet das Coisas (IoT): Milhões de dispositivos mal configurados são portas de entrada fáceis.
  • Inteligência artificial: Tanto defensiva quanto ofensiva, a IA virou protagonista dos ataques.

O fator humano e a lacuna de talentos

Quando falamos em cibersegurança, quase sempre pensamos em tecnologia: firewalls, inteligência artificial, nuvem, criptografia. Mas a verdade é que nenhum desses recursos funciona sozinho. No fim do dia, o elo mais frágil, e ao mesmo tempo mais estratégico, continua sendo o ser humano.

O World Economic Forum vem alertando que o déficit de profissionais na área pode chegar a 85 milhões de trabalhadores até 2030, causando um impacto brutal de 8,5 trilhões de dólares em receita não realizada. Para se ter ideia, se esse prejuízo fosse o PIB de um país, ele só ficaria atrás dos Estados Unidos e da China.

Além disso, o gap atual já é visível: só em 2023 foram registradas 4 milhões de vagas em aberto na área de cibersegurança no mundo, sem profissionais qualificados para preenchê-las. A consequência direta disso é que empresas com carência de talentos gastam, em média, quase 2 milhões de dólares a mais em custos de violação de dados em comparação com aquelas que têm equipes completas.

Essa crise de talentos não se limita a um país ou região:

  • Na Índia, 30% das 40 mil vagas em cibersegurança estavam em aberto em 2023, apesar do país formar milhões de graduados em STEM.
  • Na África, o número de especialistas certificados é de apenas 20 mil em um continente com 1,4 bilhão de habitantes.
  • Nos Estados Unidos, considerado o país mais digitalmente competitivo do mundo, há meio milhão de vagas em aberto na área.

Essa escassez é global, estrutural e crescente.

Tipos de cibersegurança essenciais

A defesa precisa ser multicamadas:

  • Segurança de rede: Impedir acessos não autorizados.
  • Segurança de endpoints: Proteger dispositivos que conectam usuários ao sistema.
  • Segurança em aplicações: Encontrar e corrigir falhas de software.
  • Segurança em nuvem: Dividir responsabilidades entre provedor e cliente.
  • Segurança da informação: Proteger dados em qualquer formato.
  • Segurança de identidades: Reduzir ataques baseados em credenciais, que já são 30% das intrusões.

Principais ameaças digitais de hoje

As ameaças mais comuns de ciberataques não são novidade, mas estão cada vez mais sofisticadas:

  • Malware e ransomware: Ainda são a base da maioria dos ataques.
  • Phishing e roubo de credenciais: Exploram falhas humanas.
  • Ameaças internas: Usuários legítimos mal-intencionados ou descuidados.
  • Ataques de IA: Manipulação de modelos com prompt injection e geração de códigos maliciosos.
  • DDoS e cryptojacking: Exploram recursos para lucro ou sabotagem.

Desmistificando mitos perigosos

Ainda persistem ideias equivocadas que enfraquecem a segurança. Entre os mais comuns:

  • “Senhas fortes são suficientes” - Mesmo as mais complexas podem ser roubadas por phishing, keyloggers ou vendidas na dark web.
  • “Pequenas empresas não são alvo” - Quase metade das PMEs já sofreu ataque, justamente por terem defesas mais frágeis.
  • “Os riscos já estão mapeados” – Novas vulnerabilidades surgem todos os dias, principalmente ligadas a IA, IoT e nuvem.
  • “Ataques internos são raros” – Funcionários descuidados ou mal-intencionados estão entre as maiores causas de incidentes.
  • “Setores críticos são os únicos em risco” – De ONGs a governos locais, nenhuma organização está imune.
  • “Antivírus resolve o problema” – As ameaças modernas exigem camadas de defesa, monitoramento contínuo e resposta rápida.

Melhores práticas para reduzir riscos

Não existe segurança absoluta, mas há formas de reduzir drasticamente a exposição:

  • Treinamento de colaboradores para identificar golpes.
  • Ferramentas de proteção de dados como criptografia e DLP.
  • Gestão de identidade e acesso com MFA e zero trust.
  • Monitoramento contínuo da superfície de ataque.
  • Planos de resposta e recuperação de desastres para garantir continuidade do negócio.

Cibersegurança não é mais um departamento técnico: é uma estratégia de sobrevivência e competitividade. Em um mundo onde os ataques são automatizados e inteligentes, a proteção precisa ser igualmente dinâmica.

É aqui que entra a lógica de sistemas inteligentes de decisão, como o BRMS da Abaccus, que traz resiliência e governança ao coração dos processos empresariais. Afinal, segurança não é apenas sobre defender, mas também sobre decidir rápido e certo quando o ataque acontece.

Perguntas Frequentes

1. O que é cibersegurança em termos práticos?

2. Qual é a maior ameaça atual para empresas em 2025?

3. Como pequenas empresas podem se proteger?

4. Como o BRMS pode apoiar a cibersegurança corporativa?

5. Por que integrar BRMS e estratégias de cibersegurança é um diferencial?