Por que o phishing segue sendo o golpe mais caro para as organizações

O phishing continua sendo o ataque mais caro para empresas: responde por 15% das violações corporativas e gera perdas médias de US$ 4,88 milhões. Mais do que tecnologia, exige cultura organizacional de segurança para proteger contratos, reputação e clientes.

Compliance
7 minutos
de leitura
Abaccus
11.07.2025

O maior risco cibernético das organizações não é um código sofisticado escondido em um servidor obscuro. É um simples e-mail. De acordo com o Cost of a Data Breach Report da IBM, o phishing representa 15% de todas as violações corporativas e custa, em média, US$ 4,88 milhões por incidente. O número assusta, mas a explicação é clara: a tecnologia pode ser robusta, mas basta um colaborador distraído para abrir a porta ao invasor.

Essa é a fragilidade do phishing: ele não ataca máquinas, mas sim pessoas. E em tempos de trabalho remoto, nuvem e comunicação digital massiva, os criminosos sabem exatamente como explorar o elo mais vulnerável das empresas.

Como o phishing opera dentro das empresas?

O cenário corporativo é terreno fértil para ataques de engenharia social. Quanto maior a empresa, mais processos, hierarquias e níveis de acesso existem, o que aumenta a superfície de ataque. Entre os principais modelos, destacam-se:

  • E-mails corporativos falsos: Imitando fornecedores, bancos ou até sistemas internos de TI.
  • Spear phishing direcionado: Ataques contra gestores de finanças, RH ou executivos que possuem poder de decisão.
  • Business Email Compromise (BEC): Fraudes em que criminosos se passam por diretores ou CEOs para autorizar transferências de alto valor.
  • Comprometimento de fornecedores: Invasão de e-mails de parceiros para enviar faturas falsas aos clientes corporativos.
  • Vishing e Smishing empresariais: Ligações e mensagens que exploram rotinas internas, como auditorias e aprovações de pagamentos.

O impacto financeiro e reputacional

O prejuízo não se limita ao valor roubado. Quando uma empresa cai em um ataque de phishing, os custos se multiplicam:

  • Financeiros imediatos: Transferências indevidas, dados bancários comprometidos, pagamentos fraudulentos.
  • Operacionais: Paralisações por ransomware, perda de acesso a sistemas críticos e interrupção de serviços.
  • Legais e regulatórios: Multas por descumprimento de LGPD e outras legislações de proteção de dados.
  • Reputacionais: Perda de confiança de clientes, investidores e parceiros.

Um exemplo emblemático é o golpe que desviou mais de US$ 100 milhões do Facebook e do Google, quando criminosos se passaram por um fornecedor legítimo.

Como identificar sinais de phishing em um ambiente corporativo?

Apesar da sofisticação crescente, ataques de phishing ainda deixam rastros. Entre os sinais mais comuns:

  • Mensagens urgentes fora do padrão da empresa: “Aprovação de pagamento imediato” ou “Confirmação de senha em 1h”.
  • Links encurtados ou suspeitos: Especialmente em mensagens de fornecedores ou bancos.
  • E-mails de executivos fora do horário ou com tom atípico: Solicitações incomuns enviadas durante a madrugada ou feriados.
  • Solicitações financeiras não validadas por processos internos: Como transferências sem múltipla aprovação.

Estratégias corporativas de prevenção

A defesa contra phishing exige muito mais do que softwares de segurança. Exige processos bem definidos e cultura organizacional de cibersegurança. Entre as práticas essenciais:

  • Treinamento contínuo de colaboradores: Programas que simulam ataques e medem a taxa de vulnerabilidade interna.
  • Políticas de verificação dupla: Qualquer pedido de transferência deve ser validado por um segundo canal, nunca apenas por e-mail.
  • Ferramentas de proteção: Antivírus, antispam, filtros de URL, SIEM e soluções de detecção e resposta.
  • Autenticação multifator (MFA): Mesmo que a senha seja roubada, impede acessos indevidos.
  • Monitoramento e auditoria constantes: Uso de inteligência artificial e análise de comportamento para detectar anomalias.

O phishing é uma ameaça corporativa que cresce não pela força da tecnologia, mas pela vulnerabilidade humana. Para combatê-lo, as empresas precisam adotar uma abordagem holística, unindo tecnologia, processos e cultura organizacional. Ferramentas avançadas como SOAR e SIEM são parte da resposta, mas o verdadeiro escudo é o treinamento de pessoas.

E aqui entra um ponto crítico: A automatização de processos de decisão com BRMS (Business Rules Management System) pode reduzir drasticamente a exposição a fraudes. Ao definir regras claras para autorizações, movimentações financeiras e acessos, a empresa não depende apenas da interpretação individual de um colaborador. A combinação de educação, tecnologia e inteligência de negócios é o caminho para blindar as organizações contra a ameaça mais persistente da era digital.

Perguntas Frequentes

1. Por que o phishing deve ser tratado como prioridade estratégica em empresas?

2. Qual é o impacto financeiro médio de uma violação causada por phishing em organizações?

3. Como as empresas podem estruturar programas de prevenção de phishing em escala corporativa?

4. Como o BRMS da Abaccus ajuda diante de ataques de phishing?

5. Qual diferencial da Abaccus para empresas B2B que enfrentam riscos de fraude?