A TOTVS está silenciosamente redesenhando o futuro do software brasileiro. Entenda como a empresa transforma a Inteligência Artificial em produtividade real, novas aquisições e uma economia baseada em inteligência.
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Por muito tempo, o software foi visto como um território restrito a quem sabia programar. Hoje, a TOTVS quer romper esse paradigma e colocar o poder da automação nas mãos de todos, do analista de logística ao dono de uma pequena empresa. Para Dennis Herszkowicz, CEO da TOTVS, a próxima grande revolução não será sobre substituir humanos por máquinas, mas sobre democratizar o acesso à inteligência.
Em uma década, a empresa que nasceu como fornecedora de sistemas de gestão empresarial tornou-se um dos maiores ecossistemas de tecnologia da América Latina. Com uma estratégia agressiva de aquisições e uma aposta consistente em Inteligência Artificial (IA), a TOTVS triplicou sua receita e elevou seu valor de mercado de R$ 4,5 bilhões para mais de R$ 25 bilhões. Mas o que realmente chama atenção é a ambição de se tornar criadora de agentes de IA, programas capazes de executar tarefas complexas e aprender com o contexto de cada negócio.
“O software continuará sendo essencial, mas a IA vai torná-lo mais simples, acessível e natural. Ela vai democratizar o software”, diz Herszkowicz.
A TOTVS entendeu que o futuro dos sistemas de gestão não está em um novo módulo, mas em uma nova camada cognitiva. A IA passa a ser nativa dentro do ERP, atuando como um copiloto que entende o contexto e toma decisões em tempo real. Isso significa que o gestor não precisa mais procurar relatórios, o sistema já entrega insights e sugestões antes mesmo da pergunta ser feita.
Essa visão se materializa em projetos como os agentes autônomos apresentados no Universo TOTVS 2025, o principal evento da companhia. Nessa edição, a inteligência artificial foi o eixo central: mostrou-se como a tecnologia está transformando a maneira como as empresas operam, planejam e crescem.
De acordo com uma pesquisa divulgada no evento, 33% das empresas brasileiras já usam IA para gerar conteúdo, e o número tende a crescer exponencialmente à medida que o custo da tecnologia cai e sua aplicabilidade aumenta. O grande diferencial da TOTVS é entender que a IA não é um add-on, é o novo coração do ERP.
Essa visão é sustentada por uma estrutura técnica robusta: O DTA (Desenvolvimento de Tecnologia Avançada), a plataforma interna de aceleração de IA generativa da TOTVS. É ela que fornece componentes e serviços de IA para os times técnicos, permitindo que novas funcionalidades sejam desenvolvidas com consistência, escala e foco em valor real. O DTA é a prova de que a TOTVS não apenas consome tecnologia, ela a cria.
Por trás dessa visão, há uma mudança estratégica importante. A TOTVS deixou de ser apenas uma desenvolvedora de software para se tornar uma orquestradora de ecossistemas inteligentes. Isso envolve aquisições estratégicas, parcerias com provedores globais e o desenvolvimento interno de IA adaptada à realidade brasileira.
A empresa aposta em três pilares fundamentais:
O conceito de TaaS, Task as a Service, começa a surgir. Se o SaaS (Software as a Service) transformou a maneira como usamos tecnologia, o TaaS promete fazer o mesmo com as tarefas, permitindo que empresas comprem “inteligência sob demanda”.
Os primeiros agentes de IA da TOTVS representam essa visão em ação. São sistemas autônomos que executam tarefas específicas com base em dados reais e regras de negócio integradas.
Entre eles estão:
Esses agentes mostram que a TOTVS não está apenas falando sobre IA, está inserindo inteligência em cada parte do negócio, conectando áreas antes isoladas e tornando o ERP uma plataforma viva e adaptativa.
Herszkowicz tem uma visão madura sobre o ritmo da revolução. Para ele, inovar exige equilíbrio entre entusiasmo e prudência. “Se tivermos dúvidas, decidimos não andar”, afirmou. “Mas se ficarmos completamente parados, seremos deixados para trás.”
Esse pensamento reflete o grande desafio da IA corporativa: A diferença entre precisão e impacto. Uma IA com 95% de acerto pode parecer boa, mas em processos críticos, como a folha de pagamento de 12,5 mil funcionários, 5% de erro é o suficiente para gerar caos. Por isso, a TOTVS defende o uso de IA com níveis distintos de autonomia: as tarefas mais sensíveis continuam sob supervisão humana, enquanto as demais são automatizadas.
A democratização do software, portanto, não é ausência de controle, é equilíbrio entre autonomia e segurança.
Com IA embarcada em seus sistemas, a TOTVS pretende acelerar a produtividade e criar uma verdadeira economia da inteligência, na qual dados, algoritmos e regras convivem em harmonia. O objetivo é transformar empresas brasileiras em organizações preditivas, capazes de reagir antes mesmo que o problema aconteça.
Mas o verdadeiro diferencial da TOTVS não é apenas técnico, é cultural. A empresa fala a língua dos negócios brasileiros, entende a burocracia local, as legislações trabalhistas e o comportamento do empreendedor. Essa proximidade é o que torna sua IA mais prática, mais “de chão de fábrica” e menos teórica.
A TOTVS não quer competir com a OpenAI. Quer criar uma IA brasileira, que entenda as dores e os ritmos do nosso mercado, que traduza complexidade em simplicidade e automatização em resultado real. E é justamente nessa fronteira entre a autonomia da IA e o controle das decisões que o BRMS (Business Rules Management System) se torna indispensável.
Enquanto a IA da TOTVS aprende com os dados e oferece respostas rápidas, o BRMS atua como guardião das regras de negócio, garantindo que cada decisão automatizada respeite políticas internas, compliance e objetivos estratégicos. É ele quem transforma inteligência em confiança, e garante que a democratização do software aconteça com segurança, transparência e governança.
No fim, a TOTVS mostra que o futuro da tecnologia brasileira não será definido apenas pela capacidade de criar sistemas mais inteligentes, mas pela sabedoria de integrá-los a estruturas sólidas de decisão. E é exatamente aí que o BRMS deixa de ser coadjuvante e passa a ser o pilar da nova economia da inteligência.
Com IA embarcada em seus sistemas, a TOTVS pretende acelerar a produtividade e criar uma economia da inteligência, onde dados, algoritmos e regras convivem em harmonia. O objetivo é transformar empresas brasileiras em organizações preditivas, capazes de reagir antes que o problema aconteça.
Mas o verdadeiro diferencial da TOTVS não é apenas técnico, é cultural. A empresa fala a língua dos negócios brasileiros, entende a burocracia local, as legislações trabalhistas e o comportamento do empreendedor. Essa proximidade é o que torna sua IA mais prática, mais “de chão de fábrica” e menos teórica.
A TOTVS não quer competir com a OpenAI. Quer criar uma IA brasileira, que entenda as dores e os ritmos do nosso mercado.
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