Business Agility é sobre acelerar decisões em cenários complexos. Entenda os mitos que travam empresas, como regras de negócio podem destravar velocidade e o que líderes precisam fazer para transformar incerteza em vantagem.
NotíciasO jogo dos negócios mudou. A velocidade com que mercados, regulações e tecnologias se transformam não dá mais espaço para empresas lentas. Quem não decide rápido, perde. Business Agility é isso: criar a capacidade de adaptação contínua para tomar decisões no ritmo que o mundo exige.
Esse artigo nasce a partir do bate-papo com Igor Drudi, CEO da DRIN Inovação, e traz provocações para executivos que querem transformar complexidade em vantagem competitiva. Vamos falar de cultura, mentalidade, regras de negócio, liderança e futuro de forma prática e sem enrolação.
Business Agility é a capacidade de uma empresa de tomar decisões rápidas e assertivas diante de mudanças no mercado, na tecnologia, na regulação ou no comportamento do consumidor. É mais que método. É mentalidade, liderança, governança e cultura voltada para adaptação.
Contextos complexos são ambientes em que tudo está conectado e muda ao mesmo tempo. Causa e efeito não são óbvios, e a decisão que você toma hoje pode explodir em outra ponta do negócio amanhã. Ignorar essa realidade é escolher ficar para trás. Empresas que prosperam nesses ambientes são as que experimentam, aprendem rápido e ajustam o rumo sem medo.
Muitos líderes ainda acreditam em mitos que travam a agilidade:
As regras de negócio são o motor invisível da velocidade. Mal desenhadas, elas engessam. Bem estruturadas, aceleram. Um BRMS (Business Rules Management System) permite atualizar decisões em tempo real, sem travar a TI. O segredo é transformar regras em ativo vivo da empresa, dando autonomia para os times decidirem dentro de limites claros. Isso reduz risco, garante compliance e, principalmente, dá velocidade.
Um exemplo concreto é a Edenred, gigante global de benefícios. Antes, aprovar combos de preço levava até 15 dias úteis, tempo demais em um mercado competitivo. Em parceria com a Abaccus, a empresa desacoplou regras do Salesforce e passou a usar a solução como cérebro de negócio.
Resultado: aprovações que demoravam 15 dias agora saem em 2. Alterar regras deixou de depender de filas em TI e passou a ser uma ação simples, com rastreabilidade e segurança. O time de negócio ganhou autonomia, e a Edenred passou a responder ao mercado em tempo real.
As empresas mais preparadas vão tratar regras de negócio como ativo dinâmico. Nada de estruturas estáticas: mudar regras em tempo real será diferencial competitivo.
Plataformas BRMS e soluções low-code já permitem ajustes rápidos. Combinadas a automação e inteligência artificial, essas ferramentas sugerirão mudanças automaticamente, identificando padrões e riscos antes que virem problemas.
Com métricas em tempo real, será possível enxergar quando uma regra não funciona e corrigi-la imediatamente. O futuro é híbrido: um core estável e seguro com bordas ágeis e experimentais. Cultura será o verdadeiro motor da resiliência.