A cena é comum: Uma empresa investe milhões em construir uma marca sólida, mas encontra seu produto sendo anunciado por um preço tão baixo que compromete anos de esforço. O cliente comemora o desconto, mas a percepção de valor desmorona. Essa é a realidade quando não existe o Preço Mínimo Anunciado (PMA), uma política que funciona como blindagem contra a erosão de margens e contra a depreciação da imagem da marca.

Nos Estados Unidos, o MAP (Minimum Advertised Price) é prática comum e legalmente aceita. Já no Brasil, ainda é um conceito em expansão, mas com potencial enorme em um mercado de e-commerce altamente competitivo. E a provocação é clara: se a empresa não cuida do preço pelo qual sua marca é percebida, quem está cuidando?

O que é o PMA e por que ele é decisivo

O PMA não controla quanto o lojista vende de fato, mas sim quanto ele pode anunciar publicamente. Isso significa que:

• O varejista pode aplicar descontos dentro da loja ou em negociações privadas.
• O consumidor continua tendo liberdade para negociar.
• O que muda é a vitrine pública, onde o valor da marca está exposto e comparado em segundos.

A lógica é simples: Um anúncio com preço muito abaixo do esperado pode destruir a percepção de exclusividade, qualidade e até confiabilidade. O PMA é, portanto, menos sobre “limitar” e mais sobre proteger a narrativa da marca.

PMA x MSRP: a confusão comum

Outro ponto crucial é não confundir o PMA com o MSRP (Manufacturer Suggested Retail Price), ou preço de venda sugerido.

• O MSRP é uma recomendação de preço final.
• O PMA é uma regra de preço mínimo anunciado em campanhas, vitrines digitais e anúncios.

Enquanto o MSRP pode ser ignorado sem grandes consequências, o PMA, se estruturado em contrato, tem peso legal e estratégico. Ele garante que os anúncios não minem o posicionamento da marca no mercado.

Benefícios estratégicos do PMA

Marcas que aplicam o PMA corretamente conseguem criar um círculo virtuoso:

• Proteção da imagem de marca: Preços consistentes reforçam percepção de valor.
• Estabilidade de margens: Evita a guerra de preços que leva todos a perder.
• Confiança do consumidor: Quando não há discrepâncias extremas, o cliente entende melhor o posicionamento.
• Equidade entre varejistas: Todos jogam com as mesmas regras, e a competição migra para serviço e experiência.

Aqui está a provocação: se todos competem apenas em preço, ninguém vence. O PMA força o mercado a inovar em outras frentes.

Desafios e pontos de atenção

Claro, implementar o PMA não é tarefa simples. Os principais obstáculos são:

• Resistência dos varejistas, que perdem a liberdade de anunciar descontos agressivos.
• Monitoramento complexo, já que marketplaces e redes sociais multiplicam pontos de venda.
• Questões legais, pois políticas mal desenhadas podem ser vistas como restrição de concorrência.

Ou seja, o PMA não pode ser apenas uma política escrita. Ele precisa de estratégia, comunicação clara e, principalmente, tecnologia para monitorar e aplicar as regras em escala.

O papel do BRMS no PMA

A execução do PMA só é sustentável quando a política vira sistema. Para que as regras de Preço Mínimo Anunciado sejam respeitadas em todos os canais, o dia todo, a empresa precisa de um BRMS operando como motor de decisão e governança. É aqui que o Abaccus Pricing se destaca.

Como o BRMS da Abaccus potencializa o PMA:

• Atualização instantânea: Publica e propaga novas tabelas de PMA em segundos por SKU, canal ou seller, sincronizando com e-commerces e marketplaces. Isso permite reagir a movimentos de concorrentes sem atrasos e sem quebrar a política.
• Cálculo preciso: Aplica pisos por categoria, linha e cluster de clientes, com margens mínimas, impostos e pacotes considerados automaticamente. Elimina erros manuais e reduz riscos de anunciar abaixo do limite.
• Regras transparentes: Mantém critérios claros e rastreáveis para áreas comercial, pricing e jurídico. Todos sabem qual regra vale, quando vale e por quê, diminuindo retrabalho e disputas internas ou com revendedores.
• Flexibilidade imediata: Permite ajustar parâmetros de PMA sem depender de TI, como janelas promocionais, whitelists por parceiro, tolerâncias por canal e até testes controlados (A/B) de pisos. Dessa forma, a política ganha agilidade sem perder controle.
• Histórico completo e auditável: Gera trilhas de auditoria, snapshots de preço por período e relatórios de violação por seller/canal. Cria base probatória para notificações, sanções contratuais e ações corretivas com compliance.

O BRMS transforma o PMA de diretriz em sistema vivo, consistente e escalável. Em vez de limitar o varejo, protege a reputação da marca, preserva margens e desloca a competição para serviço, experiência e relacionamento, onde valor se constrói de verdade.