Empresas não quebram por falta de inovação, mas por margens mal cuidadas. Descubra como SKUs e precificação podem ser o motor oculto do lucro ou o atalho para o desperdício.
PricingO crescimento de uma empresa raramente depende apenas de inovação ou marketing. Existe uma camada quase invisível, mas decisiva: a forma como produtos são organizados e precificados. SKUs (Stock Keeping Units) e estratégias de precificação não são apenas burocracias operacionais, mas o alicerce que sustenta margens, competitividade e expansão.
E os números não deixam dúvidas. Segundo a Forrester, supermercados chegam a desperdiçar 6% de todo o faturamento por conta de SKUs mal gerenciados e produtos que vencem nas prateleiras. É como jogar margem no lixo. Por outro lado, a McKinsey revela que um aumento médio de 1% no preço pode gerar até 8,7% de crescimento nos lucros operacionais, desde que não haja perda de volume. Além disso, a consultoria estima que 30% das decisões de precificação falham em atingir o preço ideal.
Quando uma empresa não gerencia bem seus SKUs, cria confusão: produtos duplicados, controles frágeis de estoque e erros que corroem lucros. E quando erra na precificação, abre espaço para concorrentes mais ágeis ou perde margens valiosas. No fim, tudo gira em torno de uma pergunta essencial: como transformar SKUs e precificação em motores de escala e diferenciação?
Um SKU não é apenas um código no sistema, mas a identidade única de cada produto. Ele organiza, diferencia e permite que todas as áreas, do comercial ao financeiro, falem a mesma língua. Empresas que dominam SKUs conseguem controlar inventário, criar relatórios mais precisos e até simular cenários de expansão com muito mais confiança.
É como construir uma biblioteca: se os livros não têm códigos de catalogação, achar o volume certo vira uma missão impossível.
Se os SKUs são a base estrutural, a precificação é a estratégia de ataque. Empresas que ainda definem preços apenas por markup (adicionando um percentual sobre o custo) ignoram variáveis críticas como percepção de valor, comportamento do consumidor e elasticidade de demanda.
A precificação precisa ser dinâmica e adaptativa. Em setores como o varejo, algoritmos ajustam preços em tempo real, respondendo a concorrência, demanda e até clima. Já em B2B, modelos de precificação por valor entregam margens mais saudáveis ao alinhar preço ao impacto percebido pelo cliente.
A Apple, por exemplo, não cobra pelo iPhone apenas com base em custos. Ela precifica pela experiência, design e status, transformando preço em um ativo de marca.
A verdadeira força surge quando SKUs bem estruturados alimentam políticas de precificação inteligentes. Não se trata apenas de organizar produtos em códigos: trata-se de transformar esses dados em decisões que aumentam margem e competitividade. Com SKUs organizados, é possível segmentar linhas de produtos, aplicar estratégias de preço diferenciadas e rodar testes de elasticidade com clareza, sem cair em improvisos.
Imagine uma rede de farmácias com milhares de SKUs ativos. Se não há clareza sobre quais itens são estratégicos e quais são de baixo giro, qualquer ajuste de preço será um tiro no escuro, muitas vezes corroendo a margem. Já com gestão integrada, a empresa pode combinar análise de demanda com regras de precificação dinâmica, aplicar promoções em SKUs de alto giro, proteger margens em produtos de prescrição e ainda explorar ganhos em linhas menos sensíveis ao preço.
No fim, não é apenas sobre catalogar ou precificar: é sobre transformar informação em estratégia. SKUs dão a base, a precificação define o ataque, e juntos, tornam-se um motor poderoso para o crescimento sustentável.
Aqui entra um diferencial pouco explorado: Usar BRMS (Business Rules Management System) para automatizar a gestão de SKUs e precificação. Um BRMS permite que regras de negócio sejam aplicadas de forma consistente e rápida, sem depender de codificação pesada.
Essa camada de inteligência não apenas organiza o presente, mas prepara a empresa para crescer de forma escalável, minimizando riscos e aproveitando oportunidades mais rápido que a concorrência.
SKUs e precificação não são detalhes técnicos: são a espinha dorsal da estratégia de produtos e da saúde financeira de qualquer empresa. Quando bem desenhados, criam clareza, eficiência e competitividade. E quando combinados com tecnologia de gestão como BRMS, tornam-se armas poderosas para empresas que querem crescer de forma sustentável e previsível.
Na prática, o que separa organizações comuns daquelas que escalam é a capacidade de transformar códigos e números em estratégia viva. E quem dominar essa disciplina não apenas organiza produtos e preços, mas abre espaço para construir vantagem competitiva em mercados cada vez mais desafiadores.