Muitos ainda pensam que ser digital significa apenas vender online ou ter um aplicativo. Mas essa visão é limitada. Ser uma empresa digital vai muito além: é transformar dados em valor, criar novas experiências e operar com uma mentalidade que une o mundo físico ao digital.

Um estudo da McKinsey revelou que até mesmo transformações consideradas bem-sucedidas perdem em média 25% do valor já na fase de definição de metas e mais de 55% durante a execução. O que isso mostra? Que a tecnologia não pode ser apenas suporte. Se a empresa não for digital em sua essência, a lentidão em adaptar processos corrói o resultado antes mesmo da transformação mostrar serviço.

Digital, em sua essência, é a capacidade de criar, armazenar e transformar dados. Quando aplicado aos negócios, significa entregar valor de formas novas, mais inteligentes e mais rápidas, conectando clientes, produtos e processos em um ecossistema totalmente integrado.

Enquanto uma empresa tradicional vê a tecnologia como apoio, a empresa digital a coloca no centro da estratégia. É a tecnologia que dita o ritmo das decisões, abre novos fluxos de receita e molda a forma como os clientes interagem com a marca.

Como funciona uma empresa digital?

O funcionamento de uma empresa digital se apoia em três dimensões que mudam completamente a lógica de operação:

• Novo valor: Usar tecnologia para abrir mercados que não existiam, criar produtos com recursos inovadores e explorar novas formas de monetização.
• Novas experiências: Transformar a jornada do cliente com dados, personalização e interações que encantam em cada ponto de contato.
• Nova mentalidade digital: Adotar metodologias ágeis, times menores e decisões mais rápidas, rompendo a rigidez dos modelos tradicionais.

Essa tríade torna o negócio mais leve, mais conectado e muito mais preparado para competir em mercados incertos.

Benefícios de se tornar digital

Não é à toa que tantas empresas estão migrando para modelos digitais. Os ganhos são palpáveis e mudam a forma de competir:

• Maior engajamento com os clientes, que passam a interagir em canais digitais e recebem experiências personalizadas.
• Mais produtividade, já que a automação elimina tarefas manuais e reduz erros.
• Custos operacionais menores, pois processos digitais são mais rápidos e escaláveis.
• Qualidade e consistência em cada entrega, graças a sistemas padronizados.
• Melhor uso de recursos, com dados centralizados que orientam toda a organização.
• Confiabilidade e controle, já que decisões passam a ser guiadas por dados.
• Processos decisórios mais inteligentes, apoiados em análises profundas de mercado, clientes e operações.

Em outras palavras: Digitalizar é garantir velocidade, consistência e inteligência em cada aspecto do negócio.

Oportunidades abertas pelo digital

A digitalização não só melhora processos: ela cria oportunidades completamente novas. Algumas delas incluem:

• Transformar a proposta de valor ao cliente: Oferecer recursos inéditos que mudam a forma como o consumidor vê um produto (exemplo: carros com sensores de estacionamento ou relógios que monitoram saúde).
• Ampliar ofertas e receitas: Lançar serviços adicionais digitais que geram novas fontes de faturamento.
• Reestruturar o modelo de negócio: Cortar intermediários, vender direto ao consumidor e capturar margens maiores.
• Desenvolver capacidades digitais únicas: Atender pedidos por voz, redes sociais ou até zero-click ordering.
• Permitir personalização em escala: Produzir sob demanda, com 3D printing ou modelos “print-on-demand” para atender preferências individuais.

Essas oportunidades explicam por que empresas digitais crescem mais rápido: elas não apenas otimizam o que já existe, mas criam o que antes era impensável.

Modelos comuns de negócios digitais

Para entender melhor, veja alguns modelos que estão moldando o mercado:

• E-commerce: Vendas diretas ao consumidor por meio de lojas virtuais.
• Marketplace: Plataformas que conectam vendedores e compradores, como Amazon e iFood.
• Free: Serviços gratuitos financiados por publicidade, como redes sociais.
• Freemium: Versão básica grátis, com opção paga mais avançada, muito usado por apps de música, games e produtividade.
• On-demand: Serviços disponíveis sob demanda, como streaming de vídeos ou aplicativos de mobilidade.

Esses modelos não competem entre si. Muitas vezes, eles se combinam, criando ecossistemas híbridos extremamente poderosos.

Como criar uma empresa digital forte

Transformar um negócio em digital não é apenas implantar tecnologia, mas repensar cultura, processos e estratégia. Alguns passos essenciais incluem:

1. Automatizar processos: Inteligência artificial e automação liberam tempo e reduzem custos.
2. Construir mentalidade digital: Tecnologia deve ser motor estratégico, não apoio.
3. Criar papéis estratégicos: Especialistas digitais que guiem a transformação.
4. Desenhar uma estratégia robusta: Unir talentos, produtos digitais e dados em uma visão integrada.
5. Adotar metodologias ágeis: Decisões rápidas, foco no cliente e times multifuncionais.
6. Priorizar marketing digital: Posicionar a marca e criar diferenciais competitivos num mercado saturado.

Empresas que seguem esse caminho não só sobrevivem, mas lideram seus setores.

O papel do BRMS na empresa digital

Mesmo em empresas digitais, um ponto crítico continua sendo a velocidade nas decisões. É comum que mudanças em políticas ou regras de negócio dependam de longos ciclos de TI, o que atrasa a inovação.

É nesse contexto que o BRMS (Business Rules Management System) se torna essencial. Ele permite que regras de negócio sejam centralizadas e ajustadas rapidamente, sem necessidade de grandes mudanças técnicas.

• Um banco pode alterar em minutos suas regras de crédito diante de um cenário econômico instável.
• Uma seguradora pode ajustar políticas de cobertura em tempo real, sem parar operações.

O BRMS garante agilidade, consistência e governança, exatamente o que a empresa digital precisa para operar em um mercado dinâmico.

A empresa digital não é mais opção, é questão de sobrevivência. O digital abre espaço para novos modelos de negócio, amplia a proposta de valor e coloca o cliente no centro da estratégia. Mas isso só se sustenta com agilidade e inteligência.

Ferramentas como o BRMS da Abaccus são fundamentais nessa jornada, pois dão o poder de mudar as regras do jogo em tempo real. Em um mundo em que a única certeza é a mudança, ser digital não é destino, é caminho. E esse caminho começa agora.