Um olhar direto sobre como seguradoras podem transformar o ciclo de emissão de apólices em uma operação de minutos, usando regras configuráveis para cortar custos, eliminar retrabalho e acelerar o ritmo de inovação sem sobrecarregar a TI.
SegurosO mercado segurador vive uma corrida silenciosa entre quem ainda emite apólices em prazos herdados da década passada e quem já percebeu que velocidade virou diferencial competitivo, criando um contraste cada vez mais evidente entre operações tradicionais e modelos que avançam para uma lógica de tempo real. A pergunta que mais circula entre especialistas e líderes de operações soa quase como um mantra que atravessa eventos, fóruns e conselhos: “Como emitir apólices em tempo real sem comprometer compliance, margem e governança?”, e basta observar a pressão por produtividade e digitalização no setor para entender por que essa questão ganhou tanta urgência. Reduzir o ciclo de emissão não é mais um ajuste técnico isolado, mas uma mudança estrutural que redefine custos, eleva a experiência do cliente e amplia a capacidade de escalar produtos com consistência e previsibilidade.
As seguradoras que apostam na automação inteligente descobrem que o problema não está no core, mas na dependência de TI para cada alteração. Em um ambiente em que produtos evoluem rapidamente, exigências regulatórias aumentam e o cliente espera fluidez, a capacidade de criar e ajustar produtos sem reescrever código passa a ser uma necessidade estratégica. O movimento global aponta para cadeias de valor mais simples, digitais e com muito menos intervenção manual.
Seguradoras que já iniciaram essa transformação percebem três efeitos acontecendo ao mesmo tempo. Primeiro, a velocidade aumenta a competitividade de determinadas linhas de produto. Segundo, times de negócio ganham autonomia para testar e validar novos modelos de apólice. Terceiro, o retrabalho diminui, elevando consistência do cálculo ao endosso.
A partir desse ponto, a mudança deixa de ser apenas tecnológica. Quando decisões passam a fluir sem gargalos e a emissão acompanha o ritmo do negócio, a seguradora ganha algo que antes parecia inalcançável: previsibilidade. Produtos chegam ao mercado mais rápido, ajustes deixam de gerar filas internas e a operação funciona com clareza de ponta a ponta. É assim que a emissão em tempo real deixa de ser uma ambição e se torna um padrão operacional capaz de sustentar crescimento em escala.
Se a digitalização promete transformar a produtividade das seguradoras até 2030, como aponta o estudo da McKinsey sobre o futuro da eficiência no setor, é na emissão que esse efeito aparece primeiro. Reduzir o SLA não significa apenas responder mais rápido: Significa antecipar receita, encurtar o ciclo financeiro e dar mais previsibilidade ao negócio. Em muitas carteiras de alto volume, a demora tradicional empurra para o futuro valores que poderiam ser reconhecidos quase imediatamente, travando o giro de capital e reduzindo o retorno de campanhas e canais de aquisição.
O impacto não está apenas no caixa. Parte relevante da margem se perde em correções manuais, retrabalhos e ajustes decorrentes de processos fragmentados. Quando decisões passam a seguir regras automatizadas e auditáveis, esse desperdício diminui e a operação fica mais consistente.
Com SLAs que passam a ser medidos em minutos, a emissão deixa de ser um gargalo e se torna um pilar de competitividade. A operação não atua mais como centro de custo, mas como mecanismo de geração de valor capaz de sustentar crescimento em escala.
Criar modelos de apólice dinâmicos não exige reformar o core segurador. Exige redesenhar a inteligência que vive ao redor dele. Nas seguradoras que estão na vanguarda, o motor da emissão em tempo real é justamente a capacidade de transformar decisões complexas em regras configuráveis, operando em plataformas low-code que permitem ajustes rápidos sem depender de desenvolvimento tradicional. Nesse modelo, equipes de produtos e negócio ganham autonomia para criar, atualizar e versionar, tornando o ciclo de evolução do produto tão ágil quanto o ritmo que o mercado exige.
Esse mecanismo devolve ao negócio o controle sobre suas próprias ofertas. Produtos deixam de ser estruturas rígidas e se tornam organismos vivos, que respondem rapidamente a novas regulações, experimentos de precificação e oportunidades comerciais.
O mais interessante é observar que essa flexibilidade cria um ciclo virtuoso. A seguradora testa mais, aprende mais rápido e ajusta com precisão. A dinâmica muda porque o tempo de experimentação encurta drasticamente. Em vez de semanas para aprovar e implementar uma nova regra, o ajuste é feito no mesmo dia.
Com essa abordagem, a inteligência das regras se torna o coração da operação. Ela organiza as decisões, cria padrões claros e reduz zonas cinzentas. Para qualquer seguradora que busca escala, isso significa operar com previsibilidade e flexibilidade ao mesmo tempo.
Retrabalho acontece quando cada área da seguradora entende as regras de um jeito diferente. É como se cada pessoa montasse um quebra-cabeça usando peças de caixas diferentes. O resultado nunca encaixa direito e alguém sempre precisa arrumar depois.
Quando a seguradora centraliza as regras em um motor único, elas deixam de ficar espalhadas em vários sistemas. Em vez de cada área manter sua própria lógica, tudo passa a ser definido em um único lugar. A partir daí, ERP, CRM e integradores consultam esse motor por meio de APIs sempre que precisam aplicar uma regram, seja para calcular um prêmio, validar um dado ou atualizar uma informação.
Isso evita que cada sistema faça contas diferentes ou interprete as regras de outro jeito. Como todos buscam a mesma fonte, os resultados ficam iguais em toda a operação, o retrabalho diminui e a seguradora ganha muito mais previsibilidade.
Com essa organização, a seguradora cresce sem bagunça. As decisões saem rápidas, as apólices ficam certas logo na primeira vez e o trabalho flui sem retrabalho.
É aqui que a Abaccus ajuda. Com uma plataforma low-code baseada em BRMS, ela permite que as seguradoras mudem regras rápido, reduzam o SLA e deixem tudo funcionando igual para todo mundo. No caminho até 2030, cresce quem controla as regras, não quem depende de código para tudo.