O mercado global de SaaS é uma revolução em curso. De acordo com a Grand View Research, o setor foi estimado em US$ 399,1 bilhões em 2024 e deve alcançar US$ 819,2 bilhões até 2030, crescendo a uma taxa média de 12% ao ano no período. Esse ritmo se explica pelo custo cada vez mais elevado de manter infraestruturas próprias, pela expansão do trabalho remoto e híbrido e pela aceleração digital em setores como e-commerce, saúde e educação.

Além disso, o SaaS evoluiu: deixou de ser apenas software na nuvem e passou a integrar inteligência artificial, análise preditiva e automação, ampliando produtividade e reduzindo barreiras de acesso. Hoje, uma startup em São Paulo pode usar as mesmas ferramentas que uma gigante na China, pagando apenas pelo que consome e recebendo atualizações em tempo real. Essa democratização tecnológica é o que sustenta o crescimento contínuo do setor.

Mas se SaaS está crescendo tanto, será que ele está realmente perdendo relevância, ou apenas mudando de forma?

O que é SaaS?

SaaS, ou Software as a Service, é um modelo de entrega em nuvem no qual aplicativos são acessados via internet, sem instalação local e sem a necessidade de manter servidores, infraestrutura ou equipes especializadas.

Enquanto no passado era preciso comprar licenças caras e lidar com atualizações manuais, no SaaS tudo acontece de forma automática. O provedor se responsabiliza pela manutenção, segurança e escalabilidade, enquanto o cliente foca no que realmente importa: o negócio.

Como o SaaS funciona

O coração do SaaS está na arquitetura multitenant: uma única instância do software serve a múltiplos clientes, otimizando recursos e reduzindo custos. Isso significa que, mesmo que milhões de usuários estejam conectados, a infraestrutura se ajusta automaticamente, garantindo estabilidade e performance.

Funciona assim:

• O usuário acessa o software via navegador.
• Todo o processamento ocorre nos servidores do provedor.
• Os dados ficam armazenados na nuvem, acessíveis de qualquer dispositivo conectado à internet.
• As atualizações são automáticas e imediatas.

Esse modelo simplifica a vida de gestores e equipes de TI, elimina custos de hardware e aumenta a mobilidade dos colaboradores.

10 principais vantagens do SaaS

As empresas não adotam SaaS apenas porque é moderno. Elas adotam porque faz sentido estratégico, financeiro e competitivo. Esse modelo provou que não é apenas mais uma tecnologia da moda, mas um motor de crescimento para negócios de todos os tamanhos.

• Custo reduzido: O SaaS elimina grandes investimentos em infraestrutura e licenças, permitindo que até pequenas empresas acessem soluções robustas.
• Escalabilidade e flexibilidade: Cresce junto com a demanda, ajustando o plano conforme o negócio evolui e evitando desperdício de recursos.
• Mobilidade e acessibilidade: Acesso de qualquer lugar e dispositivo, apoiando o trabalho remoto e híbrido que se tornou padrão em muitas organizações.
• Inovação contínua e atualizações rápidas: Provedores liberam novas funcionalidades e correções sem interrupções, garantindo que todos os clientes estejam sempre com a versão mais avançada.
• Segurança centralizada: A proteção de dados é prioridade, com investimentos constantes em segurança em nuvem que reduzem riscos de falhas internas e ataques externos.
• Personalização e integração fáceis: O SaaS oferece opções para adaptar o software ao contexto do negócio e se integrar a outras plataformas, criando soluções unificadas.
• Expansão global simplificada: Empresas conseguem ampliar mercados além das fronteiras sem necessidade de presença física ou logística complexa.
• Fluxo de caixa previsível: Como destacou a Exame, o modelo de receita recorrente gera estabilidade financeira e aumenta o valor percebido pelas empresas no mercado de investimentos.
• Acesso para PMEs: O SaaS reduz barreiras de entrada, democratizando o acesso a tecnologias avançadas antes exclusivas de grandes corporações.
• Vantagem competitiva: a velocidade para criar, implementar e ajustar funcionalidades dá às empresas um poder de adaptação que se traduz em maior retenção de clientes e crescimento de mercado.

O SaaS está perdendo a relevância? Ou vivendo sua metamorfose?

Nos últimos anos, muito se falou sobre o fim do SaaS. O que antes era símbolo de crescimento explosivo e valuations altíssimos, hoje enfrenta questionamentos. Modelos tradicionais de assinatura mensal e cobrança por usuário estão sendo colocados em xeque, especialmente em cenários de crise econômica, onde empresas se cansam de pagar caro por licenças pouco utilizadas.

Isso levou alguns analistas a afirmar que o SaaS, como conhecíamos, estaria chegando ao fim. Mas, na prática, o que vemos não é morte, é evolução. O SaaS está mudando de pele.

O que está mudando no SaaS?

• Do aluguel fixo para o pay-per-use inteligente: Empresas querem pagar apenas pelo que realmente usam.
• De plataformas monolíticas para modularidade: Soluções menores e mais especializadas, integradas diretamente a processos.
• De padronização para personalização: Softwares rápidos e sob medida, muitas vezes construídos sobre canais já consolidados, como o WhatsApp na América Latina.

A transformação é puxada por alguns movimentos claros:

• IA e precificação baseada em consumo: Com a inteligência artificial incorporada ao software, cresce o modelo de cobrança por transação ou uso real, substituindo a assinatura fixa.
• Low-code e no-code: Empresas estão construindo suas próprias soluções modulares, rápidas e integradas a processos já existentes, o que reduz a dependência de grandes plataformas únicas.
• Segurança e compliance: Regulações mais rígidas obrigam SaaS a oferecer auditoria completa, governança e transparência no uso de dados.
• Micro e vertical SaaS: Em vez de plataformas genéricas, cresce a demanda por soluções hiper específicas, adaptadas a nichos ou setores regulados.

O SaaS “antigo”, baseado apenas em aluguel de software, pode estar em declínio. Mas o SaaS do futuro está mais vivo do que nunca, reinventando-se para entregar valor imediato, personalização e custos proporcionais ao uso.

SaaS e BRMS: A combinação que define o futuro dos negócios

O SaaS está redesenhando o mercado de software, mas o salto competitivo acontece quando ele se conecta a um BRMS robusto. É aqui que o BRMS da Abaccus entra como multiplicador de valor: decisões automatizadas, mudança rápida de regras e governança que aguenta auditoria. Resultado prático? Mais velocidade com menos risco.

• Low-code orientado ao negócio: Modelagem visual de regras, dicionário de dados reutilizável e testes de regressão sem depender da TI. Equipes de risco, crédito, pricing e operações conseguem iterar em horas, não em sprints.
• Auditoria ponta a ponta: trilhas Completas de quem mudou o quê e quando, versionamento de regras, comparação entre versões, justificativas de decisão e replays transacionais para comprovar como o sistema decidiu.
• Governança e compliance de verdade: Segregação de funções, aprovações em múltiplos níveis, logs imutáveis e políticas alinhadas a LGPD e normas do seu setor.
• Integração simples com seu stack SaaS: Conectores prontos via API e eventos, orquestração com CRM, ERP e plataformas de dados para decisões em tempo real.
• Escalabilidade nativa em nuvem: Alto throughput com baixa latência, resiliência e observabilidade para monitorar performance de regras e métricas de negócio.

Na prática, a combinação SaaS + BRMS Abaccus libera a empresa para testar hipóteses rápido, manter controles rígidos e provar cada decisão com evidência. É simplicidade para criar, velocidade para evoluir e inteligência para decidir melhor a cada ciclo.