46% dos brasileiros estão inadimplentes. Descubra o impacto desse cenário no risco de crédito e como enfrentá-lo com a solução BRMS da Abaccus.
FinançasVivemos em um mundo onde o acesso ao crédito é combustível para o crescimento. Do financiamento de um carro à expansão de uma empresa, o crédito movimenta economias inteiras. Mas há um detalhe que poucas pessoas percebem: cada vez que uma instituição concede crédito, ela assume um risco calculado. Esse risco, chamado risco de crédito, é a possibilidade de o tomador não cumprir suas obrigações financeiras.
E os números mais recentes mostram como esse risco está longe de ser teórico. Em março de 2025, o Brasil registrou 75,7 milhões de adultos inadimplentes, o equivalente a 46,6% da população, segundo levantamento da Paschoalotto/Pagou Fácil divulgado pelo Valor Econômico. O total das dívidas já ultrapassa R$ 438 bilhões, com valor médio de R$ 1.588 por pessoa, um aumento de 13% em relação a 2024.
O resultado é uma inadimplência estrutural que se mantém alta desde a pandemia e que, segundo especialistas, deve continuar em patamares elevados nos próximos anos. Diante disso, a avaliação incorreta do risco de crédito deixa de ser apenas um erro operacional e se transforma em risco sistêmico. Conceder crédito em massa sem critérios robustos é como abastecer um foguete com combustível adulterado: ele pode até decolar, mas dificilmente chegará ao destino sem explodir no caminho.
O risco de crédito não se limita a bancos ou financeiras. Ele está presente em toda relação de confiança financeira, seja entre uma startup e seus clientes, um fornecedor e sua rede de lojistas, ou até mesmo entre indivíduos. Em termos práticos, é a incerteza de que o pagamento acordado será realizado no prazo e na forma combinada.
O risco de crédito é influenciado por variáveis que vão muito além do histórico financeiro. Ele envolve análise de cenários macroeconômicos, mudanças regulatórias e até comportamento digital do consumidor.
A complexidade está justamente em integrar todos esses elementos em uma análise preditiva que reduza incertezas.
Ignorar o risco de crédito ou analisá-lo de forma superficial pode gerar dois problemas graves. Primeiro, a concessão excessiva de crédito a clientes de alto risco, aumentando a inadimplência. Segundo, a negação exagerada de crédito a clientes que poderiam pagar, mas que são classificados de forma equivocada. Ambos os erros resultam em perdas: financeiras, de mercado e de confiança.
No Brasil atual, esse desafio se agrava porque o comportamento financeiro das famílias mudou de forma estrutural. Ainda sobre o levantamento divulgado pelo Valor Econômico, fica claro que a inadimplência deixou de ser um fenômeno conjuntural e passou a ser estrutural. O cartão de crédito, por exemplo, já não é apenas um meio de pagamento, mas funciona como complemento de renda para milhões de pessoas, trazendo alívio imediato, mas um risco oculto para a capacidade de pagamento.
Além disso, cerca de 23 milhões de brasileiros já apostam em plataformas de bets, ou 15% da população, um hábito que drena recursos de maneira imprevisível e compromete a disciplina financeira. Enquanto isso, os investimentos convencionais, como CDBs e fundos, perdem espaço, reduzindo a formação de reservas e deixando as famílias mais vulneráveis a choques econômicos.
Para as organizações, isso significa que o risco de crédito não pode mais ser analisado apenas com base em dados históricos ou em modelos tradicionais. Ele está profundamente ligado a novos padrões de consumo e alocação de renda que impactam diretamente a capacidade de pagamento. Empresas que ignorarem esses sinais correm o risco de tomar decisões cegas, classificando clientes de forma equivocada e perdendo competitividade. Já aquelas que conseguirem integrar essas variáveis em seus modelos terão mais clareza para equilibrar crescimento e segurança, transformando o crédito em um diferencial estratégico de mercado.
A transformação digital trouxe novos instrumentos para mitigar o risco de crédito. Hoje, modelos estatísticos, inteligência artificial e machine learning ampliam a precisão das análises. Mas nenhuma dessas ferramentas entrega resultados consistentes sem uma base sólida de regras de negócio claras, flexíveis e fáceis de adaptar. É nesse contexto que o Business Rules Management System (BRMS) se consolida como a melhor solução para empresas que atuam na concessão e gestão de crédito.
Um BRMS como o da Abaccus permite automatizar e ajustar regras de crédito em tempo real, com velocidade e consistência. Em vez de depender de processos manuais lentos e suscetíveis a erros, as organizações passam a ter processos inteligentes, escaláveis e dinâmicos, capazes de acompanhar a volatilidade da economia e o comportamento dos clientes.
E quando conectamos os dados do levantamento divulgado pelo Valor Econômico às soluções de um BRMS, fica evidente como essa tecnologia responde a cada desafio:
No fim, a diferença entre empresas que apenas reagem à inadimplência e aquelas que crescem de forma sustentável está justamente na capacidade de transformar complexidade em clareza. E é exatamente isso que o BRMS da Abaccus entrega: inteligência aplicada ao crédito, com decisões rápidas, seguras e adaptáveis ao mercado em constante mudança.