As empresas estão cercadas por dados, mas o verdadeiro poder está nas decisões. Entenda por que o DecisionOps está se tornando o novo DevOps da gestão e como essa abordagem pode transformar a agilidade e a confiança nas decisões corporativas.
Regras de negócioA eficiência sempre foi o santo graal corporativo. Segundo uma pesquisa global da McKinsey & Company, apenas 20% das organizações afirmam ser excelentes em tomada de decisão, enquanto 61% admitem que a maior parte do tempo gasto decidindo é usada de forma ineficaz. Para uma empresa média da Fortune 500, isso pode significar mais de 530 mil dias de trabalho desperdiçados por ano, o equivalente a US$ 250 milhões em custo de produtividade perdido.
Esses números expõem uma verdade incômoda: Empresas não estão falhando por falta de dados, mas por não saberem transformar dados em decisões rápidas, inteligentes e acionáveis. No século passado, conquistamos escala com linhas de montagem. No século atual, escalamos com algoritmos. Só que modelos brilhantes em slides não mudam o resultado do trimestre. O que muda é a capacidade de colocar decisões em produção com segurança, visibilidade e aprendizado contínuo.
Esse é o ponto crucial que separa curiosidade técnica de vantagem competitiva: DecisionOps.
DecisionOps é o conjunto de práticas, ferramentas e infraestrutura que leva modelos de decisão para a operação diária de forma rápida, confiável e auditável. Pense como um “sistema operacional das decisões”, onde a empresa cria, testa, versiona, publica, monitora e melhora continuamente modelos que decidem preços, rotas, estoques, risco e priorização.
Em termos práticos, o ciclo de DecisionOps orquestra todo o fluxo, do laboratório à produção, com pessoas no controle e métricas de negócio como norte. O objetivo é simples e ambicioso ao mesmo tempo: Transformar cada decisão automatizada em um ativo com histórico, governança e impacto mensurável.
Para dar ritmo à leitura, três elementos sintetizam o conceito:
Imagine uma empresa de entregas que planeja rotas com algoritmos. No papel, tudo é ótimo. Na prática, sem integração com sistemas de despacho, sem testes de cenário, sem rollback programado e sem monitoramento, o risco operacional explode. DecisionOps evita esse abismo. Ele não elimina o fator humano, apenas o empodera com dados, controles e transparência para que cada mudança gere aprendizado, não caos.
Os benefícios aparecem rápido quando a cultura se consolida:
DecisionOps não é um time de um único perfil. É uma disciplina multifuncional, onde tecnologia, negócio e operação sentam na mesma mesa para evoluir decisões de forma contínua.
Por que essa composição importa: Times estreitos e focados aceleram a passagem do protótipo para a produção, reduzem risco de “modelos órfãos” e criam accountability clara sobre a qualidade das decisões.
Modelagem não é evento, é processo. Quando decisões viram “serviço” com versionamento, histórico e critérios de promoção, a empresa passa a aprender em ciclos curtos. O aprendizado reduz desperdício, evita regressões silenciosas e profissionaliza a discussão entre tecnologia e negócio. A consequência é direta: Previsibilidade de resultado.
Para não ficar filosófico demais, um checklist mínimo ajuda na prática:
Dentro desse ecossistema, o BRMS, sistema de gestão de regras de negócio, cumpre papel de alto valor. Ele centraliza políticas e exceções, facilita auditoria e acelera ajustes frequentes, algo essencial quando a regra muda mais rápido que o código. Em ambientes maduros, o BRMS conversa com modelos de otimização e fluxos de publicação, garantindo que cada decisão respeite estratégia, políticas e restrições regulatórias.
Integração na prática:
Na Abaccus, a hipótese central é clara: Eficiência competitiva nasce quando decisões passam a operar como um produto vivo, com governança, aprendizado e impacto. É por isso que a nossa visão de BRMS evolui para se integrar naturalmente ao ciclo de DecisionOps, permitindo que equipes publiquem mudanças com segurança, monitorem em tempo real e sustentem crescimento com qualidade de decisão.