Enquanto países emergentes transformam a gestão de garantias em política de Estado, muitas empresas brasileiras ainda operam no improviso. Está na hora de mudar.
MercadoEnquanto muitas empresas brasileiras ainda tentam equilibrar a gestão de garantias com planilhas manuais, e-mails soltos e decisões pouco rastreáveis, outros países estão avançando a passos largos. Em janeiro de 2025, o governo da Índia lançou o Mutual Credit Guarantee Scheme (MCGS-MSME), que prevê até R$ 7 trilhões em garantias para fomentar o setor industrial, com 60% de cobertura em empréstimos de até R$ 100 milhões voltados à aquisição de máquinas e equipamentos. A meta é clara: elevar a participação da indústria no PIB de 17% para 25%.
Esse movimento mostra como a gestão de garantias estruturada e apoiada por tecnologia está se tornando uma política de Estado em economias emergentes. E aqui no Brasil? Ainda vivemos um cenário em que a maioria das empresas não sabe exatamente quais garantias estão válidas, vencidas ou fora dos critérios mínimos exigidos.
A verdade é que o novo ciclo do crédito já começou, e ele exige rastreabilidade, governança e agilidade. Não se trata apenas de conceder crédito, mas de fazê-lo com base em ativos que sejam bem gerenciados, continuamente monitorados e respaldados por políticas vivas e, principalmente, automatizadas.
Empresas que ainda operam com processos manuais ou sistemas desintegrados na gestão de garantias enfrentam um custo oculto que mina sua competitividade dia após dia. Cada exceção tratada fora do sistema, cada garantia cadastrada sem critérios consistentes, cada regra aplicada de forma subjetiva cria um efeito dominó de retrabalho, lentidão e insegurança.
Esses efeitos não aparecem no DRE imediatamente, mas se acumulam em forma de prejuízo operacional, perda de oportunidades e, em muitos casos, processos judiciais por falhas de documentação ou descumprimento contratual.
Quando a governança das garantias é frágil, surgem riscos como aceitação de ativos fora do perfil de cobertura, não monitoramento da vigência de seguros, ausência de documentos obrigatórios e dificuldade para rastrear o histórico de alterações nas regras. Em empresas que operam em múltiplas frentes, como filiais, grupos econômicos ou várias classes de garantia, essa complexidade se multiplica.
Nesse cenário, a automação deixa de ser uma opção e passa a ser uma necessidade estratégica.
Automatizar a gestão de garantias não é só sobre tecnologia. É sobre inteligência aplicada ao negócio. O objetivo é centralizar, controlar e monitorar tudo em tempo real, com precisão e rastreabilidade. Isso permite que as regras sejam aplicadas de forma consistente, auditável e escalável. Uma boa solução permite:
Ao adotar essa abordagem, a empresa transforma um processo operacionalmente frágil em uma plataforma de inteligência que dá suporte à tomada de decisão.
O que separa uma empresa madura de uma que apenas “usa sistemas” é a capacidade de manter uma governança viva e transparente das suas políticas. Isso significa ter regras claras, atualizadas e aplicadas de forma automatizada, com agilidade para revisá-las conforme o mercado muda.
Soluções baseadas em BRMS (Business Rules Management System) são fundamentais para que as áreas de negócio tenham autonomia para adaptar suas políticas sem depender da TI ou sem precisar mexer em código. Isso dá velocidade e segurança.
Uma nova exigência do regulador, uma mudança no perfil de aceitação de duplicatas ou um novo parâmetro de liquidez pode ser incluído em minutos, e não em semanas.
Essa governança protege a empresa de subjetividade, falhas humanas e decisões mal documentadas, sem engessar a operação. Automatizar não é perder controle, é ganhar visão.
Quem aposta na automação da gestão de políticas de garantias não colhe apenas economia de tempo. Colhe escalabilidade, precisão e diferencial competitivo. Os principais resultados relatados por empresas que implementaram esse tipo de solução incluem:
Esses resultados não vêm apenas da tecnologia, mas da mudança de mentalidade. Empresas que enxergam suas garantias como um ativo estratégico colhem eficiência, solidez e confiança do mercado.