Gestão de dados vale ouro quando seu time sabe transformar em decisões

Como a gestão de dados evoluiu de tarefa técnica para ativo estratégico e entenda por que empresas que dominam essa competência têm vantagem competitiva.

Finanças
12 minutos
de leitura
Abaccus
25.04.2025

No mundo digital, dados não são apenas registros ou estatísticas; são o combustível que alimenta decisões estratégicas, inovações e modelos de negócios inteiros. Uma empresa que não sabe gerenciar seus dados está basicamente dirigindo com os olhos vendados. A cada segundo, milhões de informações são geradas por sensores, redes sociais, transações e dispositivos inteligentes e transformá-las em valor deixou de ser diferencial para se tornar questão de sobrevivência.

O cenário recente mostra um contraste intrigante. De um lado, segundo a pesquisa Agenda de Negócios 2025 da Deloitte, sete em cada dez organizações brasileiras já investem em infraestrutura de TI, incluindo softwares, hardwares, dados e redes, e 75% priorizam a capacitação tecnológica. De outro, a pesquisa Data Paradox, revela que 48% das empresas no Brasil ainda estão na fase inicial de maturidade no uso de dados, enquanto globalmente 66% já orientam seus negócios por dados, mas apenas 21% conseguem tratá-los de forma adequada.

Essa combinação de alto investimento e baixa maturidade mostra que a corrida por tecnologia não garante vantagem competitiva por si só. Assim como uma montadora precisa de capital financeiro para lançar um novo carro, ela precisa de dados bem geridos para desenvolver tecnologias autônomas. A gestão de dados deixou de ser um tema restrito à área de TI e se tornou o alicerce da competitividade.

O que é gestão de dados?

A gestão de dados é a prática de coletar, armazenar, organizar e usar informações de forma segura, eficiente e estratégica. Seu objetivo vai muito além de manter servidores funcionando: trata-se de garantir que pessoas, processos e tecnologias consigam extrair valor real dessas informações, sempre em conformidade com leis e regulamentos.

Uma estratégia robusta envolve desde a criação e atualização de dados em múltiplos ambientes (nuvem e on-premises) até garantir alta disponibilidade, privacidade e segurança. E sim, até decidir quando e como apagar dados é parte do jogo.

Principais pontos da gestão de dados:

  • Coletar, armazenar, organizar e usar dados com segurança, eficiência e propósito estratégico.
  • Permitir que pessoas, processos e tecnologias extraiam valor real das informações.
  • Operar em ambientes híbridos, combinando nuvem e infraestrutura local.
  • Garantir alta disponibilidade, desempenho e recuperação rápida em caso de falhas.
  • Proteger a privacidade e a segurança desde a origem dos dados.
  • Controlar o ciclo de vida completo: criação, retenção, arquivamento e descarte.
  • Transformar dados em decisões e ações mensuráveis para o negócio.

Plataformas e sistemas de gestão

Atualmente, sistemas de gestão de dados funcionam como utilidades integradas, conectando bancos de dados, data lakes, data warehouses e ferramentas de análise. Essa arquitetura é vital para suportar aplicações e algoritmos que rodam sobre os dados.

Três tecnologias de destaque no mercado:

  • Snowflake: Plataforma de dados em nuvem com arquitetura independente de provedor, permitindo integração entre AWS, Azure e Google Cloud. Facilita a escalabilidade e o compartilhamento seguro de dados em tempo real entre diferentes áreas e parceiros de negócios.
  • Databricks: Ambiente unificado para engenharia e ciência de dados com suporte robusto a machine learning. Oferece processamento otimizado para grandes volumes e formatos variados, ideal para empresas que precisam unir análises avançadas e inteligência artificial.
  • Oracle Autonomous Database: Banco de dados autônomo que automatiza tarefas como provisionamento, backup, aplicação de patches e otimização de consultas. Garante alta disponibilidade, segurança e redução de custos operacionais com mínimo esforço humano.

Entre as inovações mais disruptivas nesse cenário está o banco de dados autônomo, que utiliza inteligência artificial e machine learning para automatizar tarefas críticas como backup, segurança e otimização de performance. O resultado é menos erros humanos, custos menores e mais tempo para focar na estratégia.

Como um banco de dados autônomo transforma a gestão de dados:

  • Backup inteligente e contínuo: Executa cópias automáticas dos dados com base no uso e no melhor momento operacional, garantindo recuperação rápida e sem impacto no desempenho.
  • Segurança proativa: Monitora em tempo real e detecta padrões suspeitos com IA, aplicando patches e atualizações de segurança automaticamente para prevenir vulnerabilidades.
  • Otimização de performance: Analisa o histórico de consultas e padrões de acesso para ajustar índices e alocar recursos de forma dinâmica, acelerando respostas e reduzindo gargalos.
  • Escalabilidade sob demanda: Ajusta automaticamente a capacidade de processamento e armazenamento conforme o volume e a complexidade dos dados.
  • Liberação de tempo para inovação: Ao automatizar tarefas operacionais, libera os profissionais de dados para se concentrarem em análises preditivas, modelagem avançada e criação de soluções de alto impacto.

O desafio do Big Data

O big data trouxe uma nova dimensão à gestão de informações. Agora lidamos não apenas com grande volume, mas também com variedade e velocidade inéditas. Imagine processar, em tempo real, dados vindos de milhões de interações no Facebook ou de sensores em uma fábrica inteligente.

Essa complexidade exige sistemas especializados que consigam integrar dados de diferentes formatos, armazená-los de forma segura e extrair insights valiosos. É o que viabiliza desde a manutenção preditiva de máquinas até a personalização extrema de experiências para o cliente.

Obstáculos na gestão de dados

Apesar do avanço das tecnologias, a gestão de dados ainda é um campo repleto de armadilhas para as organizações. O ritmo acelerado de geração de informações e a complexidade crescente das fontes exigem mais do que ferramentas avançadas, demandam visão estratégica, processos bem definidos e equipes preparadas.

Muitas empresas caem na armadilha de acreditar que basta acumular dados para estar prontas para inovar. Na prática, isso apenas cria sobrecarga, aumenta riscos e consome recursos sem retorno.

Principais desafios enfrentados pelas organizações:

  • Falta de visibilidade sobre os dados: Não saber exatamente quais informações a empresa possui, onde estão e como acessá-las de forma ágil.
  • Desempenho comprometido com o aumento do volume: Dificuldade de manter consultas e análises rápidas à medida que a quantidade de dados cresce.
  • Complexidade regulatória: Legislações de privacidade e segurança que exigem conformidade constante e monitoramento rigoroso.
  • Conversão lenta de dados em informação útil: Processos demorados que fazem insights chegarem tarde demais para gerar impacto real.
  • Pressão por otimização de custos e agilidade: Necessidade de equilibrar investimento em infraestrutura com velocidade e inovação.
  • Acúmulo de “lixo digital”: Dados que não são processados ou analisados, tornando-se apenas um peso para a operação.

No fim, gestão de dados não é sobre ter mais informações, mas sobre garantir que cada dado armazenado tenha um propósito claro e gere valor para o negócio.

Boas práticas que mudam o jogo

As organizações que alcançam excelência na gestão de dados não chegam lá por acaso. Elas adotam um conjunto de práticas estratégicas que permitem transformar informações brutas em inteligência de negócio de forma contínua e escalável. Mais do que investir em tecnologia, elas constroem processos sólidos e estabelecem uma cultura orientada a dados.

Em um cenário de alta complexidade e volume crescente de informações, seguir boas práticas não é apenas recomendável, é essencial para que o uso de dados seja eficiente, seguro e alinhado aos objetivos da empresa.

Boas práticas adotadas por organizações de referência:

  • Criar camadas de descoberta de dados: Estruturas que permitem localizar, catalogar e classificar informações de forma ágil, tornando-as acessíveis para diferentes áreas de negócio.
  • Implantar ambientes de ciência de dados: Plataformas que automatizam a transformação de dados e aceleram a criação e o teste de modelos analíticos.
  • Utilizar inteligência artificial na governança de dados: Uso de IA e machine learning para detectar anomalias, prever falhas, recomendar otimizações e manter a qualidade dos dados de forma contínua.
  • Utilizar tecnologia autônoma: Recursos baseados em IA que mantêm a performance e otimizam consultas de forma automática, sem intervenção manual constante.
  • Adotar bancos convergentes: Sistemas capazes de lidar com múltiplos formatos e workloads, como dados relacionais, não relacionais, IoT e gráficos, em um único ambiente.
  • Garantir conformidade regulatória: Ferramentas de descoberta e monitoramento que identificam informações sensíveis e asseguram o cumprimento das leis de proteção de dados.

Quando essas práticas se tornam parte da rotina, a empresa não apenas gerencia dados, mas constrói uma vantagem competitiva sustentável, capaz de responder rápido às mudanças do mercado, antecipar tendências e criar insights preditivos com base em IA.

Dados são o novo combustível da economia

Ter dados e não saber usá-los é como ter um carro de corrida e deixá-lo parado na garagem. Em um mercado onde prever tendências e tomar decisões antes da concorrência pode significar bilhões em valor, transformar informações em inteligência deixou de ser opção, é a linha que separa quem lidera de quem apenas sobrevive.

Se a gestão de dados é o novo capital, automatizar regras e decisões baseadas nessas informações é o próximo passo lógico. É aqui que o BRMS da Abaccus se destaca. Ele transforma dados brutos em decisões automatizadas, seguras e auditáveis, acelerando respostas, reduzindo erros e garantindo consistência. Com essa solução, você não apenas gerencia seus dados, você os coloca para trabalhar como um exército silencioso, gerando vantagem competitiva dia e noite.

No fim, a pergunta não é se você tem dados, mas se está pronto para fazer deles o motor que impulsiona o crescimento da sua empresa.

Perguntas Frequentes