Por que as auditorias em seguradoras estão sob pressão

Auditoria deixou de ser um checklist e virou linha de frente na estratégia das seguradoras. Entenda por que a Circular SUSEP 666/2022 mudou as regras do jogo, e como transformar controle e conformidade em vantagem competitiva real.

Seguros
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Abaccus
26.05.2025

Tem seguradora que ainda acha que auditoria é só um checklist de conformidade. Mas o jogo virou, e quem não percebeu isso, corre sério risco de ficar pelo caminho. A Circular SUSEP 666/2022 colocou um novo nível de exigência no setor: agora, sustentabilidade, governança e gestão de risco não são mais temas de discurso bonito em evento. São obrigações normativas, com prazos, critérios e penalidades. E se a empresa não consegue provar, com documentação e rastreabilidade, que tem o controle na mão, ela simplesmente está fora do jogo.

O ponto é que isso não se resolve com mais um formulário padronizado ou uma ata de reunião aprovada por consenso. O buraco é mais embaixo. Estamos falando de mudar a forma como a seguradora enxerga risco, toma decisões e se posiciona diante do regulador. Auditoria, nesse novo cenário, sai do rodapé dos relatórios e vai para o centro da estratégia. Porque o problema não é só cometer erros, é não ter como provar que estava fazendo certo quando tudo sai do controle.

Empresas que ainda operam como se estivessem em 2015, planilha pra cá, e-mail pra lá, estão expostas. O risco não está só nas multas, mas na perda de confiança do mercado e dos próprios clientes. É hora de transformar auditoria em um sistema vivo, inteligente e conectado com o negócio real, que antecipa, monitora e responde. Não porque a SUSEP pediu. Mas porque o futuro vai cobrar, e já começou a cobrar.

Três armadilhas que impedem seguradoras de prosperar

1. Insegurança regulatória: quando a regra muda, o prejuízo vem antes da adaptação

No mundo ideal, as seguradoras teriam tempo para se adaptar. No mundo real, a regra muda, o fiscal aparece e a multa já está a caminho. Normas novas, interpretações diferentes, exigências em efeito imediato. Quem ainda depende de processos manuais para mapear impacto regulatório está sempre correndo atrás do prejuízo. Não é questão de se vai doer, é quando e quanto.

2. Riscos sistêmicos: um único erro pode arrastar a operação inteira

O mercado de seguros virou um ecossistema digital e interdependente. Produtos híbridos, canais pulverizados, dados espalhados em sistemas que não conversam. Nesse cenário, basta uma falha, um sinistro mal categorizado, uma regra de negócio ignorada, uma exceção mal documentada, para que o efeito dominó comece. E quando ele começa, não para no compliance: vai parar no financeiro, no jurídico e no nome da empresa na imprensa.

3. Complexidade organizacional: quando a empresa cresce mais rápido que o controle

Grupos seguradores com várias frentes, regiões, linhas e unidades muitas vezes crescem sem revisar o modelo de controle. O resultado? Uma arquitetura de processos que ninguém consegue explicar. Uma filial tem um fluxo, outra tem outro. Um gerente trabalha por instinto, outro por e-mail. E no fim, ninguém sabe onde o erro começou, mas todo mundo sente quando ele explode. Sem padronização e visibilidade, não existe controle. Existe só esperança.

O desafio não é técnico. É estratégico.

A maioria das seguradoras já percebeu: não adianta mais contratar mais gente, investir em reuniões intermináveis ou criar comitês sem autonomia. O problema não está na falta de capacidade, mas na falta de clareza e agilidade para reagir ao que já está em curso.

Empresas que estão se destacando nessa nova realidade são aquelas que entendem auditoria como uma função estratégica, apoiada por tecnologia inteligente. Elas tratam dados como ativos, automatizam processos regulatórios e integram informações de forma fluida entre áreas. O resultado? Menos retrabalho, mais precisão, decisões mais rápidas e maior segurança institucional.

Automatizar regras de negócio: o diferencial competitivo das líderes

Para que isso aconteça, não basta digitalizar documentos. É preciso traduzir regras regulatórias em ações automatizadas, dentro de um ambiente confiável e rastreável.

É aqui que entra o BRMS da Abaccus, uma solução que permite transformar regras de negócio em decisões automatizadas, parametrizáveis e auditáveis. Com ele, a empresa deixa de depender de interpretações manuais e garante que normas e políticas sejam aplicadas com precisão em todas as áreas e filiais.

Imagine, por exemplo, que uma nova exigência da SUSEP entre em vigor. Em vez de esperar a cadeia de e-mails, a empresa configura a nova regra no BRMS e, a partir daí, todos os processos afetados passam a operar dentro da nova conformidade automaticamente. Sem falhas humanas. Sem interpretações ambíguas. Sem atraso.

A lógica é simples: se a regulação muda o tempo todo, a empresa precisa de um sistema que acompanhe essas mudanças em tempo real, e as traduza em ação.

O futuro é de quem opera em conformidade antes da auditoria

O BRMS da Abaccus transforma o modo como seguradoras lidam com auditorias. Em vez de “preparar documentação” de última hora, a empresa já opera dentro do padrão exigido, com rastreabilidade total, decisões automatizadas e histórico acessível.

Essa mudança de postura, de reativa para proativa, redefine o papel da auditoria interna: ela deixa de ser uma “verificadora” e passa a atuar como uma validadora de inteligência operacional.

Seguradoras que adotam essa abordagem não apenas evitam multas ou sanções. Elas ganham confiança do mercado, reduzem o custo do compliance e criam um diferencial competitivo que poucos conseguem replicar.

Perguntas Frequentes

1. O que muda com a Circular SUSEP nº 666/2022 para auditoria em seguradoras?

2. Por que o modelo tradicional de auditoria não dá mais conta do atual cenário regulatório?

3. Qual o risco real de não modernizar os processos de auditoria e conformidade?

4. Como a automação de regras pode fortalecer a auditoria em seguradoras?

5. Qual o papel da tecnologia na evolução da auditoria de retaguarda para função estratégica?