Forbes Agro100 2024: As 100 maiores empresas do agronegócio no Brasil

Descubra as 100 maiores empresas do agronegócio no Brasil segundo o ranking Forbes Agro100. Um panorama das gigantes que movimentam bilhões e transformam o agro brasileiro.

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Abaccus
16.02.2025

O agronegócio brasileiro segue firme como o motor da economia nacional e peça-chave no comércio internacional. Só no primeiro semestre de 2025, o setor exportou US$ 82 bilhões, valor que representa 49,5% de tudo o que o Brasil vendeu ao exterior no período, segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Mesmo diante da queda de 7,3% nos preços globais de alimentos, medida pelo Banco Mundial, o agro nacional manteve protagonismo, sustentado pela diversificação de sua pauta e pelo reconhecimento internacional em sanidade.

Um marco histórico recente foi a certificação do Brasil como país livre de febre aftosa sem vacinação, concedida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) em junho de 2025. Essa conquista amplia o acesso a mercados de maior valor agregado e reforça a imagem do país como fornecedor confiável de alimentos seguros.

Entre os destaques das exportações estão celulose (com recorde de volume), suco de laranja, farelo de soja, algodão, óleo de amendoim, ovos e chocolates com cacau. A China continua como principal destino, absorvendo mais de 40% da pauta, seguida pela União Europeia e pelos Estados Unidos. Além disso, houve avanço em mercados menos tradicionais, como Japão, Vietnã e Indonésia, mostrando que o Brasil não apenas abastece o mundo, mas também amplia fronteiras comerciais.

Nesse cenário de solidez, resiliência e inovação, o ranking Forbes Agro100 reafirma quem são os gigantes que movimentam bilhões, sustentam a competitividade do agro brasileiro e influenciam diretamente o futuro econômico do país. Entre as 100 empresas listadas pela Forbes, vamos destacar aqui as 20 maiores, aquelas que lideram o setor e simbolizam a força do agro nacional em 2025:

1. JBS

Setor: Proteína animal
Fundação: 1953, em Goiás
Receita: R$ 363,82 bilhões
Principal executivo: Gilberto Tomazoni

Descritivo: A JBS é a maior produtora de carnes do mundo e a maior empresa privada do Brasil em faturamento. Em 2023, inaugurou novas unidades da Seara no Paraná e expandiu operações nos Estados Unidos e no Reino Unido. Presente em cerca de 190 países, conta com 270 mil colaboradores e aproximadamente 400 unidades produtivas. Além de sua relevância econômica, investiu R$ 300 milhões no Biotech Innovation Center em Florianópolis, reforçando seu protagonismo em inovação e sustentabilidade.

2. Marfrig Global Foods

Setor: Proteína animal
Fundação: 2000, em São Paulo
Receita: R$ 136,49 bilhões
Principal executivo: Rui Mendonça Júnior

Descritivo: Segunda maior produtora mundial de carne bovina, opera com 33 unidades estratégicas na América do Sul e América do Norte. Em 2023, consolidou o controle majoritário da BRF e concluiu a venda de ativos à Minerva, em negócio de R$ 7,5 bilhões. Essa estratégia aumentou a presença global, focando em produtos de maior valor agregado. O Ebitda consolidado foi de R$ 9,3 bilhões, com margem de 6,8%.

3. Cargill

Setor: Alimentos e bebidas
Fundação: 1865, nos EUA e no Brasil desde 1965
Receita: R$ 126,4 bilhões
Principal executivo: Paulo Sousa

Descritivo: Uma das maiores empresas familiares do mundo, a Cargill é líder em alimentos, energia e logística. No Brasil, mantém 29 fábricas, 75 armazéns, sete terminais portuários e cinco centros de distribuição. Entre 2019 e 2023, investiu R$ 6,9 bilhões no país, dos quais R$ 2,6 bilhões somente em 2023. No período, originou e comercializou 51 milhões de toneladas de grãos.

4. Bunge Alimentos

Setor: Alimentos e bebidas
Fundação: 1818, na Holanda e no Brasil desde 1905
Receita: R$ 81,7 bilhões
Principal executivo: Julio Garros

Descritivo: Multinacional centenária, atua em originação de grãos, processamento de soja e trigo e logística integrada. No Brasil, está presente há mais de 118 anos. Em 2023, reduziu 15,8% suas emissões de escopos 1 e 2 e 10,8% no escopo 3, reforçando sua liderança em sustentabilidade.

5. Ambev

Setor: Alimentos e bebidas
Fundação: 1999, em São Paulo
Receita: R$ 79,74 bilhões
Principal executivo: Jean Jereissati

Descritivo: Líder em cervejas e refrigerantes na América Latina, a Ambev é dona de marcas icônicas como Skol, Brahma e Guaraná Antarctica. Presente em 18 países, reduziu em 50% o consumo de água nos últimos anos, atingindo a meta de sustentabilidade antes do prazo. Em 2023, registrou crescimento de 8,1% sobre 2022.

6. Raízen Energia

Setor: Agroenergia
Fundação: 2011, em São Paulo
Receita: R$ 78,45 bilhões
Principal executivo: Nelson Gomes

Descritivo: Joint venture da Shell e do grupo Cosan, a Raízen é referência global em açúcar, etanol e energia renovável. Em 2023, alcançou 30 milhões de litros de etanol E2G (de segunda geração) e inaugurou a primeira cadeia de açúcar 100% rastreável do mundo.

7. Copersucar

Setor: Agroenergia
Fundação: 1959, em São Paulo
Receita: R$ 54,08 bilhões
Principal executivo: Tomás Manzano

Descritivo: Maior base de produção de cana-de-açúcar do mundo, reúne 38 usinas no Brasil e 17 destilarias de etanol nos EUA. Em 2023, registrou moagem 23% maior que no ano anterior e anunciou entrada no mercado livre de energia com aquisição de 50% da NewCom.

8. BRF

Setor: Proteína animal
Fundação: 2009, em São Paulo
Receita: R$ 53,62 bilhões
Principal executivo: Miguel Gularte

Descritivo: Resultado da fusão entre Sadia e Perdigão, é a maior exportadora mundial de carne de frango. Opera em 51 fábricas (35 no Brasil e 16 no exterior) e exporta para 120 países. Em 2023, avançou em rastreabilidade, atingindo 100% nos fornecedores diretos e 79% nos indiretos.

9. Grupo Amaggi

Setor: Alimentos e bebidas
Fundação: 1977, no Paraná
Receita: R$ 44,87 bilhões
Principal executivo: Judiney Carvalho de Souza

Descritivo: Maior produtor de soja de capital nacional, comercializa quase 20 milhões de toneladas de grãos e fibras no mundo. Investe R$ 1,2 bilhão por ano em Capex, somando R$ 12 bilhões em uma década, com foco em produção, logística e energia.

10. Louis Dreyfus Company Brasil

Setor: Comércio e tradings
Fundação: 1851, na França e no Brasil desde 1942
Receita: R$ 42,87 bilhões
Principal executivo: Michel Roy

Descritivo: Uma das maiores tradings agrícolas globais, atua no Brasil em café, algodão, grãos, oleaginosas, arroz e açúcar. Em 2023, comprou a Cacique, maior exportadora de café solúvel do país, e inaugurou hub logístico em Rondonópolis (MT).

11. Suzano

Setor: Celulose, madeira e papel
Fundação: 1924, em São Paulo
Receita: R$ 39,76 bilhões
Principal executivo: Beto Abreu

Descritivo: Líder mundial em celulose, investiu R$ 18,6 bilhões em 2023, recorde histórico. Está construindo a maior linha de produção de celulose do mundo pelo Projeto Cerrado, que adicionará 2,55 milhões de toneladas/ano à capacidade.

12. Cosan

Setor: Agroenergia
Fundação: 1936, em São Paulo
Receita: R$ 39,47 bilhões
Principal executivo: Marcelo Martins

Descritivo: Atua em energia, óleo e gás, logística e mineração. No agro, investe em novas energias e biocombustíveis, como etanol de segunda geração e combustível de aviação. Emprega 55 mil colaboradores e possui 1,3 milhão de hectares.

13. Coamo

Setor: Cooperativas
Fundação: 1970, no Paraná
Receita: R$ 28,22 bilhões
Principal executivo: Airton Galinari

Descritivo: Maior cooperativa agrícola do Brasil, com 31.665 associados e 115 unidades. Em 2023, recebeu safra recorde de 9,96 milhões de toneladas de grãos, equivalente a 3,1% da produção nacional.

14. Minerva Foods

Setor: Proteína animal
Fundação: 1957, em São Paulo
Receita: R$ 26,89 bilhões
Principal executivo: Fernando Galletti

Descritivo: Atua no Brasil e em quatro países da América do Sul, exportando para cinco continentes. Em 2023, obteve destaque em bem-estar animal, recebendo a melhor avaliação do Coller Fairr Protein Producer Index.

15. C. Vale

Setor: Cooperativas
Fundação: 1963, no Paraná
Receita: R$ 24,42 bilhões
Principal executivo: Edio Schreiner

Descritivo: Cooperativa diversificada, com atuação em soja, milho, frango, peixes e mandioca. Em 2023, inaugurou esmagadora de soja com capacidade de 60 mil sacas/dia.

16. Lar Cooperativa

Setor: Cooperativas
Fundação: 1964, no Paraná
Receita: R$ 23,31 bilhões
Principal executivo: Irineo da Costa Rodrigues

Descritivo: Terceira maior cooperativa do Paraná, com 14 mil associados. Em 2023, ampliou capacidade em suinocultura e modernizou a indústria em Caarapó (MS). Exporta frango para mais de 90 países.

17. Aurora Alimentos

Setor: Alimentos e bebidas
Fundação: 1969, em Santa Catarina
Receita: R$ 21,7 bilhões
Principal executivo: Neivor Canton

Descritivo: Conglomerado formado por 12 cooperativas associadas, reúne cerca de 100 mil cooperados. Investe R$ 1,5 bilhão em expansão e modernização de plantas em MS e SC, com meta de aumentar em 10% a receita.

18. Yara Brasil

Setor: Agroquímica e insumos
Fundação: 1905, em Oslo (Noruega) e no Brasil desde 2000
Receita: R$ 18,16 bilhões
Principal executivo: Marcelo Altieri

Descritivo: Multinacional de fertilizantes, com cinco fábricas e 13 misturadoras no Brasil. Em 2023, investiu R$ 100 milhões em centro de pesquisa em Sumaré (SP) para ampliar o portfólio de fertilizantes foliares.

19. Klabin

Setor: Celulose, madeira e papel
Fundação: 1890, em São Paulo
Receita: R$ 18,02 bilhões
Principal executivo: Cristiano Cardoso Teixeira

Descritivo: Uma das mais antigas indústrias do setor, opera 23 unidades fabris. Em 2023, concluiu o Puma II, com investimento de R$ 12,9 bilhões para ampliar a produção de kraftliners de eucalipto.

20. Comigo

Setor: Cooperativas
Fundação: 1975, em Goiás
Receita: R$ 13,06 bilhões
Principal executivo: Antonio Chavaglia

Descritivo: Grande cooperativa agroindustrial do Centro-Oeste, presente em 20 municípios. Em 2023, inaugurou em Mineiros (GO) o maior armazém da região, com capacidade para 3,3 milhões de sacas de grãos.

Para conferir a lista completa, acesse aqui.

Perguntas Frequentes

1. O que é o ranking Forbes Agro100?

2. Quais são as maiores empresas do agronegócio brasileiro?

3. Por que inovação é um fator decisivo entre as maiores empresas do agro?

4. Como o BRMS pode ajudar empresas do agronegócio?

5. Qual a vantagem de um BRMS para cooperativas e tradings do agro?