O mundo da logística sempre foi movido por variáveis incontroláveis: custo do combustível, sazonalidade da demanda, capacidade de frota, janelas de entrega e até eventos climáticos. O problema é que, historicamente, muitas empresas ainda trabalham com tabelas fixas de preços, definidas anualmente ou semestralmente. Em um cenário de tanta volatilidade, isso é como jogar um campeonato de futebol sem mudar a tática durante o jogo: o risco de perder é enorme.

Segundo a Maersk, com base em relatório da McKinsey, mais de 90% dos consumidores já consideram a entrega em dois a três dias como padrão, e 30% esperam entregas no mesmo dia. Essa pressão por velocidade e eficiência mostra que modelos tradicionais de precificação não conseguem mais acompanhar a realidade do mercado. O recado é claro: quem não atualiza sua forma de precificar está deixando dinheiro na mesa e perdendo competitividade.

O que é precificação dinâmica na logística?

A precificação dinâmica consiste em ajustar valores de frete e serviços logísticos em tempo real ou em ciclos curtos, levando em conta múltiplos fatores de mercado. Não é apenas sobre aumentar preços em alta demanda, mas sim sobre construir uma lógica inteligente de formação de tarifas que protege a margem sem afastar o cliente.

Os principais fatores analisados incluem:

• Volume e sazonalidade da demanda.
• Custos variáveis, como combustível e pedágios.
• Capacidade disponível da frota e dos armazéns.
• Condições externas, como clima ou restrições regulatórias.
• Perfil do cliente e histórico de negociações.

Por que automatizar a precificação dinâmica?

Adotar um modelo de precificação dinâmica manualmente seria inviável. Imagine analisar centenas de rotas, clientes e variáveis em tempo real. É aqui que entra a automação: ela permite que a inteligência seja aplicada em escala, de forma consistente e com velocidade.

Automatizar traz vantagens estratégicas claras:

• Agilidade na tomada de decisão: Sistemas automatizados conseguem recalcular valores de frete em segundos, enquanto times humanos levariam dias.
• Redução de erros: Elimina a subjetividade e padroniza critérios de precificação.
• Competitividade no mercado: Mantém preços ajustados às condições reais, evitando tanto preços defasados quanto cobranças que afastem clientes.
• Previsibilidade financeira: Cria cenários mais próximos da realidade, ajudando na gestão de fluxo de caixa e margens.
• Escalabilidade: Quanto maior a operação, mais crítica é a automação, já que lidar manualmente com tantas variáveis é impossível.

O impacto estratégico na logística

Automatizar a precificação dinâmica não é apenas reduzir custos: é mudar a lógica do negócio. No longo prazo, essa prática posiciona a empresa como inovadora e confiável, porque demonstra capacidade de responder rapidamente às demandas de mercado sem perder consistência.

Mais do que isso, a automação libera equipes de precificação para focarem em negociações estratégicas, em vez de ficarem presas a planilhas. Assim, os líderes conseguem usar os dados para criar novos modelos de negócio, personalizar ofertas e até prever tendências de demanda.

A precificação dinâmica é inevitável em um setor que respira complexidade como a logística. Automatizar esse processo é a única forma de transformar dados em vantagem competitiva real. Empresas que ainda insistem em modelos fixos estarão sempre correndo atrás.

É por isso que soluções de BRMS são tão relevantes: permitem às empresas orquestrar regras, simulações e políticas de precificação sem depender exclusivamente de áreas técnicas. Com soluções como a Abaccus Pricing, essa inteligência se torna prática e acessível, trazendo a agilidade que o mercado exige.